

Não tenho muito o que falar sobre este livro. Se um leitor atento manusear essa publicação, certamente vai ler que todo ele foi escrito na pandemia. Mas não é verdade. Apenas os textos que falam sobre a emergência sanitária foram escritos no período daquela grave crise. A maioria dos textos (não todos) são antigos e da época em que escrevi “Quando a luz do sol desaparecer, nada vai se alterar no universo”. Os textos publicados em “Uma exposição de quadros à sombra da pandemia” deveriam fazer parte do volume de crônicas citados acima, mas foram descartados por mim e pelo editor que eu contratei naquele período. A decisão que tivemos na época foram corretas e achei um grande sucesso aquela publicação. Entendia, porém, que as crônicas descartadas deveriam ser mais trabalhadas e melhor refeitas. Por conta disso, procurei a escritora Moema Franca e iniciamos um processo de refazer quase duzentos crônicas. Firmamos uma parceria que durou quase um ano e melhoramos uma porrada de textos. São eles que estão publicados nesse livro. Gosto desse volume, apesar de nada ou quase nada ter a dizer sobre ele. Só posso afirmar que é a publicação mais sombria e também a mais amorosa que já fiz.