Quando a luz do sol desaparecer
Esse é meu primeiro trabalho realizado através de uma editora profissional: a Via Litterarum. Fiz uma parceria com um escritor muito mais experiente do que eu e juntos ajeitamos os quase trezentos textos que lhe entreguei durante um encontro marcado no Instituto Goethe na Vitória. Tivemos um entrosamento musical e deu certo. Eu o conheci na extinta livraria “Boto Cor de Rosa”. Livraria de rua que ficava na avenida Marquês de Caravelas. Ele lançava um livro e eu fui ao lançamento não para comprar seu livro, mas para interagir om outros escritores que eu sabia que estariam lá. Durante o evento, outro escritor chamado Lima Trindade me puxou pelo braço e disse: “Você precisa conhecer Tom”. Foi aí que o conheci. Fiquei de frente com Tom e ficaria muito chato não comprar o livro que ele lançava. Acabei comprando, li, e me tornei fâ do seu trabalho. Nunca mais o vi. Depois do lançamento na Boto Cor de Rosa, voltei pra casa. Tempos depois, após já ter produzido sozinho mais de trezentas crônicas, lembrei de Tom. Mandei uma mensagem no único contato que eu tinha dele: o messenger do facebook. Ele respondeu dizendo que aceitaria tomar um café comigo no Instituto Goethe. Fui ao encontro, mas acabamos tomando algumas cervejas, ao invés do café. Eu lhe entreguei os textos e firmamos uma parceira muito vitoriosa. Trabalhamos remotamente, mas fazíamos ligações telefônicas quando havia ruído entre o que eu pensava e o que ele pensava sobre o texto. Gosto demais desse livro. Não tenho ressalvas a fazer. O trabalho da Editora Via Litterarum foi perfeito. Mel Campos fez todo o projeto gráfico e foi muito prestativa. A editora Via Litterarum pertence ao professor universitário aposentado Agenor Gasparetto. Homem lúcido, otimista, confiante no próprio trabalho e que me deixou à vontade para incomodá-lo a hora que eu desejasse. A Editora fica no sul da Bahia e raramente Agenor vem à Salvador. Mas sempre que ele está aqui tomamos agradáveis cafés no Shopping Passeo. Meu sonho porém era levá-lo a algum boteco da minha cidade, porém não bebo mais e não sei se voltarei um dia a frequentar tantos botecos que amo.